Chuva deve impactar oferta de feijão na BolsinhaGeralmente, nesta época do ano, a Bolsinha de São Paulo é abastecida praticamente pela mercadoria dos municípios paulistas.

O analista de mercado e diretor do Bolsinha Informativos, Auro Nagay, conta que geralmente, nesta época do ano, o estado de São Paulo é o maior fornecedor de feijão à Bolsinha. “As entradas de mercadoria de Minas Gerais e Goiás estão cada vez menores e, a partir de agora, o mercado se volta para as entradas dos municípios paulistas”, informa.

Contudo, o volume de feijão proveniente da safra paulista que vai entrar na Bolsinha a partir de agora deve ser inferior por causa das constantes chuvas que acabaram prejudicando a produtividade. “Outro fator que deve diminuir a oferta é que muitos compradores estão fechando negócios diretamente nas lavouras. Por isso não sobra feijão para ser enviado à Bolsinha, com exceção dos lotes com grãos defeituosos”.

Entretanto, de acordo com ele, o produto que chega até a Bolsinha não está atendendo às expectativas dos compradores. “São grãos brotados, com muita umidade e bandinhas. O produto que passa pela secadora, acaba perdendo a cor. Nem o feijão comercial, nota 8, está de qualidade. Esse cenário acaba valorizando o feijão nota 9,5, que está escasso na Bolsinha e, também, puxando o preço do feijão nota 9, 8,5 e 8”, informa.

Na quarta-feira (18), um lote de feijão nota 9,5 saiu a R$ 200, a saca, na Bolsinha de São Paulo. Já, o feijão nota 9, foi cotado a R$ 190 a saca. “Na outra ponta, o preço do feijão nas gôndolas dos supermercados ainda não disparou porque o varejo não está vendendo bem”, finaliza.

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Jaqueline Barbosa