

“O solo está muito úmido e é impossível plantar. Precisaríamos de pelos menos três dias de trégua da chuva e com o tempo ensolarado para que os produtores pudessem semear o grão. Ainda assim, com vários riscos de perder a produção, por causa das chuvas constantes”, informa Ivan.
O corretor relembra que há alguns anos, a chuva também prejudicou os produtores na região. Entretanto, foi no período de colheita, em meados de janeiro e fevereiro. “Acredito que esse quadro deve influenciar todo o mercado nacional. Certamente, o preço do grão produzido no Sul, deve ser diferenciado, por conta dos defeitos causados pelo excesso de umidade”, observa.
Ele diz que a chuva também atrapalhou outras culturas na região. “Aqui também tem muita lavoura de trigo que não foi colhida porque o mau tempo não deixa. E o feijão geralmente é plantado na falha do trigo”.
O diretor executivo de grãos da Cooperativa Regional Agropecuária de Campos Novos (Coopercampos), Clebi Renato Dias, diz que a janela de plantio é grande e os produtores têm até dezembro para plantar.
A expectativa, conforme foi divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é que o feijão primeira safra 2015/16 ocupe entre 48 e 50 mil hectares no estado de Santa Catarina. A produção deve variar entre 104,6 e 110,1 mil toneladas do grão.
O técnico da Conab, João Figueiredo Ruas explica que quanto mais tarde for o plantio, mais difícil será em obter uma segunda safra do produto, a ser plantado em 2016.
Jaqueline Barbosa
Fonte: Bolsinha de São Paulo