Indicador do Cepea, com base em São Paulo, subiu mais de 3% até o dia 18 e se manteve acima de R$ 2,20 a libra-peso.

A colheita de algodão já passa da metade da área cultivada no País e os preços mantém uma trajetória de alta, mesmo com um ritmo mais lento dos negócios. É o que informa nesta quarta-feira (19/8) o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Desde o início deste mês o Indicador Cepea/Esalq subiu 3,24%. Nesta terça-feira (18/8), fechou a R$ 2,2059 a libra-peso, com base no mercado de São Paulo.
“Produtores têm cumprido a entrega de contratos e reajustado os preços da pluma, o que mantém baixa a disponibilidade no spot. Paralelamente, parte dos compradores está cautelosa em aceitar os preços pedidos por vendedores. O receio é que não consigam repassar o aumento dos custos para os fios e demais produtos devido ao fraco desempenho do segmento de derivados”, diz a instituição, em nota.
Em Mato Grosso, as cotações seguiram a tendência de alta, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Só na semana passada, a alta foi de 1,39%, quando a arroba da pluma chegou a R$ 66,22. O movimento acompanhou a valorização dos principais contratos na bolsa de Nova York. Dezembro de 2015, por exemplo, subiu 1,24%, a US$ 0,6391 por libra-peso.
“O relatório de oferta e demanda divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) fez com que as cotações do algodão na ICE reagissem fortemente. Ao demonstrar expectativa na queda de área e na produção de algodão nos EUA na safra 15/16 em 7% e 10%, respectivamente, em relação ao relatório anterior, a cotação na ICE subiu 6% desde o dia 12/08 com movimentos dos agentes de mercado”, relatou o Imea, em seu informe semanal sobre a cultura.

POR RAPHAEL SALOMÃO
FONTE: http://revistagloborural.globo.com/Noticias/Agricultura/Algodao/noticia/2015/08