Preços do feijão esboçam reação na semana , mas não conseguem se manter. Expectativa se volta para redução da oferta no Nordeste

 

Confira a entrevista com Marcelo Eduardo Lüders – Presidente do IBRAFE

Na semana passada e nessa semana, o mercado do feijão apresentou um aumento de preços de 20% a 25% para os produtores. Agora, os compradores que entraram no mercado e estocaram possuem menor pressa e, na medida em que esse estoque for sendo consumido, haverá novas compras, como destaca Marcelo Lüders, presidente do IBRAFE.

Entretanto, é improvável que essa nova onda de aumento ocorra na próxima semana, quando há um período de menor volume de negócios nas gôndolas. A manutenção dos altos preços vai depender do comportamento dos produtores.

Pela manhã, o mercado girava em torno de R$120 a R$125 em Minas Gerais e Goiás, com mercadoria de melhor qualidade. Ontem, negócios foram feitos até a R$130.

Há uma provável demanda vinda do Nordeste, onde a safra teve perdas de 70% a 80% no estado da Bahia. Em setembro, há um superávit em decorrência da oferta.

O volume de feijão a ser colhido em setembro e outubro deve ser olhado por uma outra ótica. Estes cultivares, que são cada vez mais diferenciados, oferecem ao produtor uma forma diferente de administrar seu negócio. Assim, a pressa em vender diminuiu substancialmente.

A próxima safra começa a ser plantada no Paraná. Contudo, o clima deve dar o tom para os próximos dias, já que os 10% da área que foi plantada corre riscos em função da falta de chuvas.

Fonte: Notícias Agrícolas