Saiba quais os fatores que devem impactar o mercado do milho nesta semana

No mercado interno, os preços ainda seguem firmes, o que pode motivar os produtores a elevarem os negócios.

VALORIZAÇÃO DA SACA

Milho: semana encerra com preços elevados e oferta limitada

Os maiores valores foram observados no Porto de Santos e no Rio Grande do Sul, onde a saca foi negociada a R$ 72.

Após a divulgação do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o mercado internacional registrou impacto dos preços. Internamente, os preços ainda seguem firmes, o que pode motivar os produtores a elevarem os negócios.

Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista da Safras Consultoria, Paulo Molinari:

  • O mercado externo aguardava os ajustes de oferta e demanda neste relatório de outubro, por parte do USDA;
  • O USDA ajustou o estoque final do ano comercial 19/20 pelo estoque trimestral de 30/setembro, ou seja 50,7 milhões de toneladas;
  • Consequentemente, ajustou também para baixo o estoque da safra nova 20/21 dos EUA, para 55 milhões de toneladas, também com pequeno ajuste de produção para 373, 9 milhões de toneladas;
  • Basicamente, os estoques norte-americanos ainda são bem confortáveis, não estabelecem qualquer tipo de pânico global para preços;
  • US$ 4.00/bushel em Chicago parece caro para um estoque deste porte;
  • Há uma certa atenção a China pois, após a finalização do prolongado feriado local, os preços do milho voltaram a subir forte, o que poderia sugerir  potenciais novas importações de milho de origem norte-americana;
  • O problema de toda esta situação da China é que as informações de oferta e demanda não acompanham este quadro de preços na China e de necessidade de importações;
  • Atenção agora ao clima na América do Sul e ao trigo em nível mundial;
  • O mercado interno segue muito firme, com preços estão altos e podem já motivar os produtores a venda;
  • Contudo, como os preços sobem toda a semana, o câmbio segue desvalorizado e a procura interna alta, os produtores seguem negociando cadenciadamente e sem pressa para venda;
  • As exportações estão apenas dentro do ritmo normal com 4,5 milhões de toneladas nomeadas para este mês e meta de 34 milhões para o ano.