Baixa produtividade e recuo da perspectiva de área a ser colhida e plantada afetarão desempenho, diz USDA.

A produção de milho nos Estados Unidos deve somar 13,630 bilhões de bushels (346,22 milhões de toneladas), o que representa um recuo de 4,12% em relação ao registrado na temporada passada, segundo estimativas divulgadas nesta terça, dia 12, pelo Departamento de Agricultura do país (USDA, na sigla em inglês).

A queda na produção deve ser provocada pela diminuição da produtividade, projetada para recuar 2,4%, para 166,8 bushels por acre, combinado com a estimativa de retração de 2% na área a ser colhida e recuo de 1,5% na área a ser plantada.

O USDA projetou também que o montante de milho a ser utilizado para produção de etanol deve permanecer estável, uma vez que o consumo de gasolina na safra 2015/2016 deve permanecer praticamente idêntico ao período de 2014/2015.

As exportações dos Estados Unidos devem subir 4,1%, a 1,9 bilhão de bushels (48,26 milhões de toneladas), graças a preços mais competitivos e aumento da demanda mundial por milho. No entanto, a oferta internacional está elevada, o que limitará os ganhos dos produtores norte-americanos.

No cenário internacional, a expectativa é de que a produção milho recue a 989,8 milhões de toneladas, devido à expectativa de queda na produção nos Estados Unidos. Entre os países que também devem apresentar diminuição na produção estão Brasil, Ucrânia e México, além da União Europeia (UE). Por outro lado, China, África do Sul, Índia, Canadá, Rússia e Argentina terão aumento.

Trigo

O USDA também divulgou suas estimativas para a produção de trigo nos Estados Unidos na safra 2015/2016. A expectativa é de que ela suba 3%, para 2,087 bilhões de bushels (56,8 milhões de toneladas).

A produtividade deve ter recuo de 0,45% em relação à safra 2014/2015, enquanto a área plantada diminuiu 2,4%. Em compensação, a estimativa para a área a ser colhida aumento 3,4%.

A produção mundial deve somar 718,9 milhões de toneladas em 2015/2016, o segundo maior montante da história. Desconsiderando os Estados Unidos, a produção global deve recuar em 9,2 milhões de toneladas devido a reduções previstas na UE, Índia, Rússia e Ucrânia, que devem ofuscar os aumentos previstos em China, Turquia, Marrocos, Austrália, Irã e Síria.

As exportações dos Estados Unidos estão projetadas para crescer 7,5%, mas ficarão abaixo da média registrada nos últimos cinco anos, por conta do nível elevado dos estoques nos principais países competidores.