Mesmo com aumento de área volume final será menor devido ao clima.

A colheita do arroz está em andamento nas principais regiões produtoras do país e a perspectiva é de obtenção de um volume final inferior àquele apresentado na safra 2019/20, mesmo com aumento na área plantada nessa temporada em 2,4%, com 1.705 milhão de hectares.

A responsável por este cenário é a oscilação climática ao longo do ciclo, com destaque para forte estiagem registrada na Região Sul, no início da safra, que impactou no potencial produtivo da cultura, reduzindo a expectativa para a produtividade média. Também interferem os elevados preços dos grãos que competem por área com cultura do arroz, como a soja e o milho. De maneira geral, a estimativa é de produção na ordem de 10.9 milhões de toneladas, sendo 1,9% menor que o resultado alcançado no exercício anterior.

No Rio Grande do Sul, Estado que responde por 70% da produção nacional, a colheita avança com alguns atrasos. A safra deve ter redução de 3%, fechando em 7.628 milhões de toneladas. Acre, Amapá e Minas Gerais tiveram as maiores quedas. Os dois primeiros plantam arroz de sequeiro e tiveram baixas de 26% e 18%, respectivamente. No estado mineiro o cultivo maior é de sequeiro mas também há irrigado e a queda é de 13%.

O consumo interno foi estimado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em 10,8 milhões de toneladas, sendo 1.1 milhão de toneladas vindo de importação. Para exportação são esperadas também 1.1 milhão de toneladas.

Ceará surpreende

Por outro lado o Ceará, que investe cada vez mais em grãos como arroz e trigo,  registra alta na produção do grão em expressivos 115%, saindo de 8 mil toneladas para 17 mil toneladas na safra 2020/21. O Estado planta arroz irrigado e sequeiro, sendo que em área de irrigado a alta de 200% ( de 0,8 mil hectares para 2,4 mil ha) e na produção avanço em 193%, partindo de 4,8 mil toneladas para mais de 14 mil toneladas.

Fonte – Agrolink
Por – Eliza Malizawski