Sustentabilidade deve ser levada em consideração.

Ao contrário do imaginário de que em experimentos agrícolas um maior nível de produção significa maior sustentabilidade, um estudo determina que isso também depende de fatores ambientais, sociais e econômicos. Não levar em conta essas três dimensões da sustentabilidade levaria a um tratamento do solo que poderia ser muito produtivo, mas repentinamente muito caro, gerava um alto impacto ambiental negativo em comparação com outros tratamentos, e socialmente não era muito equitativo ou causava danos aos trabalhadores e até mesmo o consumidor final.

A essa conclusão chega a pesquisa de doutorado do agrônomo Oscar Iván Monsalve Camacho, doutor em Ciências Agrárias pela Universidade Nacional da Colômbia (UNAL), sede de Bogotá, na qual avaliou o manejo do solo em sistemas agrícolas e seu grau de sustentabilidade a partir de uma abordagem quantitativa. Ao rever o que foi feito em sustentabilidade do solo, o engenheiro Monsalve constatou que “sempre tiveram como foco a componente ambiental na gestão do solo, mas sem abordar as três dimensões da sustentabilidade”.

Por outro lado, destaca que quando são realizados ensaios de campo em pesquisas, os resultados são geralmente abordados a partir da componente técnica e produtiva. Ou seja, se forem avaliados vários tratamentos de, por exemplo, batata ou tomate, aquele que gera a maior produção é associado como o melhor. No entanto, essa percepção está longe da realidade. De acordo com o estudo, em nenhum dos experimentos realizados neste estudo o tratamento que gerou mais produção mostrou-se mais sustentável.

“Quando eu executei a metodologia sobre o quão ecologicamente correto os tratamentos eram, se eles eram economicamente viáveis e quão equitativos eram socialmente, descobri que os mais sustentáveis eram outros totalmente diferentes do que diziam as estatísticas, que foram os que produziram os mais”, diz o engenheiro Monsalve.

Fonte- Agrolink
Por- Leonardo Gottems