Resultado de imagem para soja

Sem a referência da Bolsa de Chicago, os preços da soja no mercado brasileiro fecharam esta segunda-feira (3) estáveis em praticamente todo o país, mesmo com uma nova dispara do dólar frente ao real. As variações entre os indicativos no Brasil foram bem pontuais e se limitaram ao interior do país. Nos portos, as referências se mantiveram as mesmas da última sexta (31).

A soja disponível seguiu nos R$ 92,00 por saca em Paranguá e nos R$ 91,50 em Rio Grande. E os negócios seguem acontecendo. Os números das exportações brasileiras trazidos pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que as exportações brasileiras de soja em grão vieram acima de 8 milhões de toneladas, mantendo um ritmo muito intenso dos embarques.

“Estamos caminhando para exportar 74 milhões de toneladas neste ano da safra velha”, diz o consultor em agronegócios Ênio Fernandes, da Terra Agronegócios. “A demanda tanto para a soja atual, quanto para a soja da safra nova do Brasil está muito boa”, completa.

Além disso, como explicou o executivo, os prêmios – que seguem em patamares elevados – também ajudam a confirmar essa força da demanda. Para a nova temporada, esses valores ainda circulam no intervalo de 105 a 110 pontos acima dos valores praticados na Bolsa de Chicago. Entretanto, os negócios para a safra nova seguem ainda um pouco mais travados, com os produtores mais reticentes em vender diante das incertezas que ainda rondam os valores dos fretes e em busca de valores um pouco mais elevados do que os registrados atualmente. Nesta segunda-feira, a soja para fevereiro do ano que vem ficou em R$ 85,00 por saca no porto de Rio Grande. “A grande maioria dos produtores está reticente na venda, porque o nível de preço que ele quer vender a safra de soja 2019 esta um pouco acima do que o mercado está ofertando”, explica Fernandes.

Mercado Internacional

Na Bolsa de Chicago, os negócios serão retomados nesta terça-feira (4), após a pausa nesta segunda com o feriado do Labor Day sendo comemorado nesta segunda-feira nos Estados Unidos. E para o diretor da Labhoro Corretora, Ginaldo Sousa, a chamada é de leve alta para os preços da soja.

O mercado volta ao trabalho de acordo na questão da guerra comercial entre chineses e americanos, nas condições de clima do Meio-Oeste americano para a conclusão da safra 2018/19 e agora às informações da taxação sobre as exportações argentinas de grãos pelo governo de Maurício Macri.

Ainda segundo Fernandes, o mercado internacional tem espaço para algumas novas baixas.

 

Fonte: Notícias Agrícolas