Paraná puxa a semeadura nacional

A safra de soja no Brasil está enfrentando desafios significativos devido ao déficit hídrico e às temperaturas extremas. Os produtores estão monitorando de perto as condições e adotando estratégias para lidar com esses obstáculos. De acordo com dados atualizados do boletim semanal da Conab, a situação varia em diferentes estados produtores.

Em Mato Grosso, mesmo com a ocorrência de chuvas, a falta de umidade no solo está aumentando devido às temperaturas extremamente elevadas. Isso tem limitado o avanço mais amplo das áreas semeadas. Comparando com a safra anterior no mesmo período, nota-se que o percentual de implantação da soja é inferior. No entanto, os talhões recentemente semeados estão mostrando um desenvolvimento inicial positivo.

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No Paraná, há uma evolução no plantio, especialmente nas regiões Oeste e Sudoeste, onde cerca de 16% da área prevista já foi plantada. As lavouras estão atualmente em fase de emergência e desenvolvimento vegetativo, mas as chuvas têm ocorrido de forma irregular na região, o que gera desafios adicionais para os agricultores.

Por outro lado, em Goiás, muitos produtores estão aguardando chuvas mais abrangentes antes de iniciar o plantio, destacando a importância crucial das condições de umidade para a semeadura bem-sucedida.

No Mato Grosso do Sul, a redução das temperaturas incentivou alguns produtores a retomar a semeadura, embora com cautela, devido ao solo seco. As lavouras que conseguiram germinar enfrentam atualmente um estresse hídrico, mas estão demonstrando resiliência diante das adversas condições climáticas.

A gestão cuidadosa das condições climáticas é fundamental para o sucesso da safra de soja, e os agricultores estão adotando estratégias para garantir o melhor desempenho possível em meio a esses desafios.

Confrontando as condições atuais de semeadura com períodos anteriores, observa-se cenários distintos e expressivos nas porcentagens de áreas semeadas em estados chave na produção de soja no Brasil.  

Considerando os 12 estados na acompanhados, percebe-se um sutil incremento de 1.5% para 4.1% na última semana, porém, sublinha-se a discrepância em relação aos 4.6% da safra passada.

Em Mato Grosso, por exemplo, temos uma elevação significativa na porcentagem de áreas semeadas em comparação à semana anterior, saltando de 1.6% para 5.2%. Entretanto, é crucial observar que mesmo com esse incremento, os números ainda permanecem abaixo dos 8.9% registrados no mesmo período da safra passada. 

O Mato Grosso do Sul apresenta uma trajetória similar, com um aumento de 2.0% para 5.0% em uma semana, mas, aquém dos 6.0% verificados na safra anterior na mesma janela de plantio.

Goiás, São Paulo e Santa Catarina estão estagnados em relação à semeadura, na espera das condições climáticas mais adequadas. Ambos os estados já apresentaram avanços na semeadura na safra de 2022/23. 

No Paraná, a porcentagem de área semeada mais que dobrou em uma semana, migrando de 6.0% para 16.0%, superando, de fato, os 9.0% da safra anterior na mesma época. 

FONTE:Agrolink

POR:Aline Merladete