Área da segunda safra, será evidente maior

Existe um impasse em andamento no mercado brasileiro de feijão, aponta o presidente do Ibrafe (Instituto Brasileiro do feijão e Pulses), Marcelo Lüders. “Os produtores de feijão-preto não baixam os preços, e quem precisa comprar precisa reajustar os números. Para o feijão-preto, significa voltar a pagar cada dia mais próximo dos R$ 400 ao produtor para mercadoria Tipo 1”, diz ele.

Lüders ressalta que os números do último levantamento da SEAB (Secretaria de Agricultura do Paraná) apontam para 607 mil toneladas de Feijão, sendo que cerca de 60% normalmente é de Feijão-preto: “No entanto, este ano há indicações de que este percentual passará dos 75% no Paraná. A produção poderá chegar a 27% a mais do que as 480 mil toneladas do ano passado. Até agora, o fator principal para este crescimento, segundo a SEAB, é devido à estimada produtividade maior em 22% em relação ao ano passado”.

“Na última sexta-feira (2 de Fevereiro), foi observado o primeiro dia de uma possível retomada de preços. Se os compradores entrarem no mercado, poderá ser, de fato, o início de um novo ciclo de valorização. No entanto, se isso não acontecer agora, é provável que ocorra em algum momento antes da próxima colheita. É importante notar que haverá momentos de oscilação nos preços, com compradores desempenhando seu papel ao adquirir produtos quando os preços recuam. Em contrapartida, os produtores geralmente se retiram do mercado nesses momentos”, destaca o presidente do Ibrafe.

Os preços atingiram a marca de R$ 330 em Minas Gerais e R$ 350 em Goiás, com prazos variados, alcançando uma avaliação de nota 8,5/9. Pela manhã, ocorreram vendas com notas entre 8/8,5, a preços mais baixos. Alguns compradores expressaram frustração por não conseguirem atingir seus objetivos de quantidade, tanto para o Feijão-carioca quanto para o Feijão-preto.

“Quanto à área destinada ao cultivo do Feijão-preto na segunda safra, é evidente que será maior do que no ano passado. Isso não será um problema se alcançarmos sucesso em nossa missão no México, que está programada para março. A APEX/IBRAFE planeja levar um grupo de empresas (já temos 12 empresas confirmadas, com poucas vagas restantes) que fazem parte do projeto APEX para se aproximarem do governo mexicano e dos importadores locais. Alguns melhoristas também foram convidados para participar, a fim de obterem uma compreensão mais profunda sobre como a pesquisa mexicana vem progredindo e quais são os Feijões preferidos, incluindo os Feijões-pretos. https://ibrafe.org/artigo/missao-comercial-expo-antad 

Fonte- Agrolink
Por- Leonardo Gottems