Resultado de imagem para MilhoA sessão desta quarta-feira (5) foi negativa aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do cereal ampliaram as perdas durante o pregão e finalizaram o dia com quedas entre 2,25 e 3,00 pontos. O vencimento setembro/18 era cotado a US$ 3,51 por bushel, enquanto o dezembro/18 operava a US$ 3,65 por bushel. Segundo informações da agência Reuters, os futuros do cereal recuaram em movimentação técnica depois das recentes valorizações registradas. Do mesmo modo, os investidores ainda avaliam o impacto das chuvas torrenciais observadas em algumas partes do Meio-Oeste dos EUA. “O excesso de chuvas poderia limitar o rendimento da colheita em algumas áreas, limitando as quedas no mercado do cereal, embora as expectativas de safras ainda sejam enormes”, reportou a agência Reuters internacional. Além disso, o portal Farm Futures informou que a fraqueza observada nos preços do trigo também pesaram nas cotações do milho. “E a percepção de clima amigável na colheita, apesar de uma ligeira queda das colheitas dos EUA e das fortes chuvas previstas no Meio-Oeste essa semana também influenciaram os negócios”.

Ainda no final da tarde desta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reduziu de 68% para 67% o índice de lavouras em boas ou excelentes condições. O percentual de plantações em situação regular subiu de 20% para 21%. O departamento ainda destacou que 12% das lavouras permanecem em condições ruins. Cerca de 22% das plantações de milho estão em fase de maturação. A média da semana anterior era de 10%. Ainda hoje, o departamento reportou a venda de 101,736 mil toneladas de milho ao México. O volume negociado deverá ser entregue ao longo da campanha 2018/19.

Mercado interno

Enquanto isso, no mercado doméstico, a quarta-feira foi de ligeiras movimentações aos preços do milho. De acordo com levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, em Sorriso (MT), o ganho foi de 4,17%, com a saca a R$ 25,00. Já em São Gabriel do Oeste (MS), o ganho ficou em 3,33% e a saca de milho a R$ 31,00. Na região de Não-me-toque (RS), o ganho foi de 2,70%, com a saca a R$ 38,00. Em Panambi (RS), a alta ficou em 1,25% e a saca a R$ 39,00. Em contrapartida, em Campo Novo do Parecis (MT), o preço caiu 4,35% com a saca a R$ 22,00. Na região de Campinas (SP), a queda foi de 1,23%, com a saca a R$ 40,10. No Porto de Paranaguá, a saca para entrega em outubro/18 caiu 2,27%, com a saca a R$ 43,00.

Conforme explica o analista de mercado da Agrinvest, Marcos Araújo, as cotações subiram diante da postura dos produtores em segurarem as vendas e da perda na safrinha nessa temporada. “E a questão do silo bag faz com que os produtores saiam da pressão de vender o grão imediatamente e os produtores estão capitalizados”, afirma. Contudo, o especialista alerta para que os produtores vendam o cereal. Isso porque alguns fatores podem limitar os ganhos do milho. “O nosso milho está muito caro no mercado internacional em comparação com o produto norte-americano e da Argentina”, destaca Araújo. Além desse cenário, o analista também pondera que o consumo doméstico pode recuar diante dos altos preços praticados atualmente. “Temos margens negativas, especialmente na suinocultura”, disse.

Dólar

A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 4,1436 na venda, com recuo de 0,23%. “A queda é decorrente do alívio na cena externa favorecendo uma leve correção, mas o cenário eleitoral doméstico ainda continuou gerando cautela nos investidores”, reportou a Reuters.

 

Fonte: Notícias Agrícolas