O sorgo torna-se uma opção em substituição ao milho nos períodos de clima desfavorável

Para a safra total 2021/22, a estimativa é uma redução para 841,3 milhectares na área plantada e produção de 2,4 milhões de toneladas, 15,4% maior que o ciclo anterior, conforme dados do 5º levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

No Maranhão, a cultura do sorgo é cultivada na região sul do estado, após a colheita da soja e do plantio de milho safrinha. A semeadura e estabelecimento das lavouras serão realizados entre o final de fevereiro e março de 2022. Até o momento, devido ao menor interesse de cultivo, a estimativa é de uma área total semeada de 9,9 mil hectares, e com produtividade média de 2.272 kg/ha e produção de 22,5 mil toneladas.

No Piauí, as lavouras de sorgo no estado são plantadas como cultura de segunda safra, em sucessão à soja. O plantio ocorre entre o final de março e início de abril. Por ser uma cultura mais rústica e que apresenta menor exigência hídrica que o milho, alguns produtores optaram por investir nessa cultura. Informações coletadas junto a produtores sugerem a intenção de cultivo com essa cultura, mas ainda sem uma definição de área. A previsão é de aumento de 36,1% na produtividade.

No Rio Grande do Norte, a cultura do sorgo, com dupla aptidão, vem se tornando uma das principais alternativas de alimentos volumosos para os rebanhos, sobretudo os bovinos, já que a maior parte da produção da planta vai para ração animal (forragem). Como o levantamento considera somente o sorgo granífero, estima-se na presente safra uma estabilidade de área de 600 hectares, com crescimento de 31,2 na produtividade e de 40% na produção.

Na Bahia, o sorgo de primeira safra da região centro-sul o plantio já foi finalizado. A lavoura de sorgo foi a que menos sofreu com o excesso de chuvas em dezembro e a estiagem de janeiro. No entanto, não houve aumento de área em virtude dessa irregularidade, pois os agricultores priorizaram o plantio do milho em dezembro.

Já na região centro-norte, cerca de 90% da área esperada já foi plantada. Espera-se alta na produtividade em face do bom regime hídrico, bem diferente da falta de chuvas na safra passada. O desenvolvimento das primeiras lavouras está adequado, com plantas de bom aspecto de crescimento vegetativo. As áreas semeadas recentemente estão emergindo nas melhores condições, até o momento.

O sorgo torna-se uma opção em substituição ao milho nos períodos de condições climáticas mais desfavoráveis. Porém, atualmente o preço do milho configura como o motivo de substituição do grão. Portanto, a maior parte da produção deverá ser consumida nas próprias fazendas ou negociada nas localidades próximas. O cultivo é realizado com baixo uso de insumos, tendo poucos problemas com pragas e doenças, e a semente utilizada é o grão colhido na própria lavoura, na safra anterior.

Em Goiás, a umidade existente no solo, ocasionada pelas boas precipitações desde o início do período chuvoso, propiciará um bom desenvolvimento da cultura do sorgo de sequeiro de segunda safra. As informações acerca do plantio do sorgo são iniciais, e no próximo levantamento de safra teremos relatos precisos da cultura. As boas condições pluviométricas e o plantio das culturas de primeira safra, na janela adequada, incentiva o plantio de outras culturas de segunda safra em detrimento do sorgo. No próximo levantamento teremos melhores condições de análise e mensuração de área.

Fonte- Agrolink
Por- Eliza Malisewski