VEJA A ANÁLISE DO AGROTEMPO
Com base em informações recentes fornecidas pela CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento), as condições climáticas no Sul do Brasil têm tido um impacto significativo na produção de trigo na região. Especificamente no Rio Grande do Sul, o clima tem apresentado padrões não usuais, caracterizados por chuvas intensas, temperaturas atípicas e uma redução na luminosidade.
Esses fatores têm criado dificuldades para a Aplicação de defensivos agrícolas, especialmente Fungicidas, o que resultou no surgimento e disseminação de doenças justamente durante o período crítico de reprodução das lavouras. Em contrapartida, no Paraná, a colheita progrediu e já abrange aproximadamente 35% da área total cultivada. A maioria das lavouras neste estado encontra-se na fase de maturação. Em São Paulo, onde a colheita avançou cerca de 30%, observou-se a ocorrência pontual de doenças. Na região de Itapetininga, os agricultores estão enfrentando desafios relacionados à qualidade dos grãos, que tem sido prejudicada devido à combinação de falta de chuvas e a presença de doenças.
No estado de Santa Catarina, embora a maioria das lavouras esteja na fase de floração, as condições gerais são favoráveis. Mesmo com a alta umidade e temperaturas elevadas, que propiciam a incidência de doenças, os tratamentos fitossanitários estão sendo aplicados com eficácia, minimizando os possíveis impactos negativos.
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Ao analisar os estados fora da região Sul, observamos que na Bahia, a qualidade e a produtividade dos grãos colhidos estão satisfatórias, com as lavouras em diferentes estágios, desde o enchimento de grãos até a maturação e colheita. Em Minas Gerais, a situação da colheita melhorou após uma interrupção devido às chuvas, embora as lavouras irrigadas estejam ligeiramente atrasadas. Em Goiás e Mato Grosso do Sul, as chuvas também têm influenciado o calendário de colheita, com um foco especial nas lavouras irrigadas de Goiás, que já ultrapassaram os 50% de colheita, e nas áreas semeadas tardiamente em Mato Grosso do Sul, que enfrentam desafios relacionados à umidade.
Conforme dados fornecidos pela CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento), é possível observar o avanço nas atividades de colheita do trigo nos principais estados produtores, ao comparar os dados da safra passada, da semana anterior e os mais recentes registrados em 17 de setembro.
Considerando a média dos 8 estados analisados, o avanço da colheita foi de aproximadamente 4,9 pontos percentuais na última semana, chegando a 22,8%. Na safra anterior, este indicador estava em 14,3%.
Em Goiás, o percentual de colheita se manteve estável na última semana, permanecendo em 85,0%. Comparativamente, essa marca é significativamente inferior ao resultado da safra anterior, quando a colheita atingiu 100,0%.
Minas Gerais apresentou um avanço de 4 pontos percentuais na última semana, alcançando 84,0%, em comparação à semana anterior. No ciclo passado, a colheita culminou em 90,3%.
Na Bahia, houve um incremento de 10 pontos percentuais em relação à semana anterior, com a colheita atual atingindo 60,0%. A frente do rítmo passado, onde eram registrados 50,0% nesta mesma época.
Já o Rio Grande do Sul e Santa Catarina ainda não apresentaram avanço na colheita, ficando em 0,0%, apesar de Santa Catarina ter começado a colheita nesta mesma época na safra passada.
Já o estado de São Paulo surpreendeu com um avanço expressivo, saltando de 7,0% na semana anterior para 30,0% em 17 de setembro. Para efeito comparativo, na safra passada, São Paulo registrava 20,0% de sua colheita nesta mesma época.
Em destaque, o Mato Grosso do Sul teve uma elevação de 10 pontos percentuais na última semana, chegando a 97,0% de sua colheita, superando dos 92,0% observados no ciclo anterior.
O Paraná, tradicional produtor de trigo, avançou 9 pontos percentuais em relação à semana anterior, alcançando 35,0%. Isso ainda se contrasta com os 19,0% da safra passada neste mesmo período.
Material elaborado pelo metereologista, Gabriel Rodrigues com informações do boletim de Progresso de Safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
FONTE: Agrolink
POR:Aline Merladete
